Autoria por Jessica, analista de comunicação e redação da ANAPRI.
Revisado por Elaine S. da Luz, coordenadora de comunicação e redação da ANAPRI.
A mídia em sua totalidade tem importância central no cenário atual, exercendo influência significativa desde o cenário da moda, o que assistir no streaming, passando por temas mais “quentes” como em quem votar e como agir frente a um determinado projeto de lei, acontecimento regional ou mundial, as mídias digitais, em particular, tem remodelado a forma como as notícias são produzidas, distribuídas e consumidas. Além de influenciar, a mídia molda a opinião e compreensão de sua audiência sobre um determinado assunto. Seja por meio de algoritmos, usados por Inteligências Artificiais (IA) ou de abordagens enviesadas. Neste texto, será tratado sobre como Inteligências Artificiais podem colaborar para visões racistas e estereotipadas e como a mídia transmite de forma cansativa notícias rasas, fazendo com que o fenômeno “fadiga do apocalipse” aconteça.
O avanço das Inteligências Aartificiais alimentadas por algoritmos revelou como a humanidade ainda tem muito a descobrir sobre tecnologia, é de conhecimento de todos que grande parte dos servidores utilizam, agora, Iinteligência Aartificial, que, em conjunto, influenciam as informações que chegam para quem os utiliza. Porém, há más influências dessas novas tecnologias, como os casos de reforço de estereótipos e visões racistas, a exemplo, o caso Google onde o resultado da pesquisa “três garotos brancos” mostrou fotos de rapazes sorridentes, porém quando pesquisado “três garotos negros” foi mostrado fotos de fichas criminais (SENA E. M.). Nesse caso, a priorização de conteúdos como o que foi citado, enviesa a percepção de forma negativa, inflamando um estereótipo racista em diversas pessoas e em vários países que utilizam esse servidor.
Outro traço negativo de influência da mídia é quanto a repetição sem explicação adequada sobre uma informação, isso é notável em grandes coberturas jornalísticas e/ou na grande quantidade de informações que o algoritmo lança quando é acessado ou pesquisado sobre uma informação. Cria-se então um “campo simbólico”, conceito de John B. Thompson, que resulta na “fadiga do apocalipse”, onde, por conta da repetição de notícias de crises globais e desastres climáticos, favorece sensações de impotência e acomodação. Dessa forma, notícias como essas (sem detalhamento necessário) não influenciam ações para mudar tais situações, apenas exaure a população, que se torna desinteressada.
Por tanto, vendo como a mídia, através do uso da Inteligência Artificial inadequadamente, noticiários repetitivos e rasos, filtram informações que podem influenciar a nível internacional percepções erradas e ações ou não-ações inadequadas. É necessário receber essas informações com criticidade e procurar outras fontes que possam ajudar em uma compreensão mais imparcial, já que fica claro que as mídias exercem influência na construção de opinião, para o bem ou para o mal.
Referências:
DE SENNA, E. M. Viés na IA: como o algoritmo viés influencia na perpetuação de estereótipos e desigualdades existentes . [sl] UFGC, 2023.
THOMPSON, J. B. A MIDIA E A MODERNIDADE: UMA TEORIA SOCIAL DA MIDIA . [sl] EDITORA VOZES, 1998.
Jessica Jessiane Garcia Freitas
Acadêmica de Relações Internacionais, pesquisadora no Programa de Iniciação Científica UNINTER com o grupo temático em comunicação política, mídia e eleições.