Autoras: Ana Beatriz Nobre
Revisado por Elaine Silva da Luz, coordenadora de comunicação e redação da ANAPRI
Semana que vem, a partir da terça-feira, dia 19 de setembro, tem o início da 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU), o principal órgão dentro da organização. A AGNU acontece anualmente, em geral no mês de setembro, e é o espaço onde os líderes mundiais dos 193 Estados-nação que fazem parte da ONU se reúnem para discutir questões pertinentes à paz e segurança internacional, bem como definir uma agenda dos temas de maior urgência para a comunidade internacional, como é o caso da questão climática.
Além das autoridades nacionais, representantes do setor privado, da mídia, da sociedade civil (incluindo jovens) e a comunidade acadêmica, também têm seu lugar ouvindo e participando das reuniões.
Na edição de 2023, boa parte das atenções estão voltadas para o debate dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que foram acordados na Agenda 2030, em 2015, e cuja caminhada rumo ao seu alcance está na metade. Por isso, espera-se que os líderes tragam as ações que seus países têm desenvolvido nesse sentido. Além disso, o pronunciamento do atual secretário-geral, António Guterres, em coletiva de imprensa demonstra algumas das temáticas que encabeçarão as conversas na próxima semana: o compromisso com as metas de desenvolvimento sustentável e, sem falar explicitamente, Guterres também demonstrou preocupação com o andamento de tensões políticas – como a guerra na Ucrânia – devido à emergência de um mundo multipolar. Apesar disso, o secretário-geral afirmou que a multipolaridade poderia ser “um fator de equilíbrio” e convocou as nações a realizarem concessões, que fariam parte da diplomacia.
O que esperar do posicionamento do Brasil?
O Brasil é o país que tradicionalmente realiza o discurso de abertura na AGNU, o que coloca os holofotes sobre as questões trazidas pelo país. É esperado que o presidente Lula levante as temáticas relacionadas à necessidade de proteção do meio ambiente e da agenda climática, das questões de combate às desigualdades, além de enfatizar a necessidade de reforma nas estruturas globais, acompanhando a mudança de governança internacional – algo que o presidente já vem pontuando em seus discursos é sobre o pleito brasileiro a um assento permanente no Conselho de Segurança.
O discurso do presidente brasileiro está sendo elaborado com a ajuda de pessoal do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e do Assessor Especial do Presidente da República, Celso Amorim.
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